Música, música, música... Os caras só querem ficar tocando!! Tem que escrever um pouco também, e para isto criamos este blog, para podermos relatar um pouco do dia-a-dia da banda e estarmos em contato com as pessoas. Entre, comente, participe, o blog é seu!
Segundo Marcello Campos, "novo formato, mesma postura"
"Bater na mesma tecla nunca foi o lance da Camerata Brasileira. A não ser por um aspecto: a aposta permanente na liberdade criativa de quem resiste à acomodação. Prestes a completar uma década, o grupo porto-alegrense surgido em meio ao movimento catalogado como “Choro Novo” se mantém aberto à experimentação, desafiando fronteiras estéticas em composições, versões e arranjos repletos de referências tradicionais e contemporâneas, em um estilo inconfundível, ainda que de difícil classificação, em meio às permanentes tentativas de se “etiquetar” as produções culturais."
Toda esta inquietude criativa está agora inscrita no edital nacional para seleção de artistas da Conexão Vivo.
Nove anos de existência, três discos lançados, cinco formações diferentes. Inquieta como os arranjos que cria a Camerata Brasileira aproveitará o momento de celebração com os amigos da Pata de Elefante e do Quartchêto - estarão juntos no lançamento do CD Instrumental RS nos dias 03 e 10 de junho - para mostrar ao público sua mais recente formação. Alexandre Fritzen ao piano, Gabriel Nunes no contrabaixo acústico, Lucas Kinoshita na bateria, Moysés Lopes ao violão e Rodrigo Siervo no Sax receberão a luxuosa companhia de Bruno Alcalde (guitarra), que vem diretamente de Bloomington, estado de Indiana (EUA), para celebrar com os velhos colegas da trip do Instrumental RS e dialogar com os novos integrantes do grupo. O que esperar? Tudo! Afinal, Camerata Brasileira é realmente um tubo de ensaio.
Na sequência mais informações sobre os novos integrantes e os planos da trupe.
CD Instrumental RS traz registro ao vivo da turnê realizada pelos 3 grupos e o desejo de repetir a dose
Nos dias 03 e 10 de junho, Camerata Brasileira, Quartchêto e Pata de Elefante celebram o lançamento do Cd Instrumental RS, no palco do Live Sport Pub. Os shows iniciam às 23h e os ingressos custam R$ 20,00. A cada apresentação, os primeiros 100 a chegar ganharão o Cd (sendo que casais ganharão 1 Cd).
Gravado ao vivo em março do ano passado no Auditório Dante Barone, na Assembléia Legislativa, em Porto Alegre, o CD é o registro do último show da turnê Instrumental RS, viabilizada pelo Petrobrás Cultural e realizada pela Liga Produtora. Ao todo, os grupos se apresentaram em seis cidades: Florianópolis (SC), Curitiba (PR), Tatuí (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS).
A gravação, feita por Hilton Vaccari (Da Capo Estúdios), não poderia ter sido realizada em melhor momento: após 5 shows e mais de dez dias na estrada juntos, Camerata Brasileira, Quartchêto e Pata de Elefante estavam em plena forma e botaram pra quebrar com o Auditório Dante Barone lotado.
Agora, um pouco mais de 1 ano após o êxito do projeto Instrumental RS, os grupos voltam a tocar juntos, celebrando a diversidade de estilos e a qualidade musical. Além disso, os integrantes dos 3 grupos não escondem a vontade de voltarem a excursionar juntos, o que depende de patrocínio. “Se conseguirmos patrocinador para investir em uma nova turnê, é claro que não pensaremos duas vezes, pois o resultado musical foi extraodinário”, salienta Gustavo Telles, baterista da Pata de Elefante.
Serviço:
O que: Shows com Camerata Brasileira, Quartchêto e Pata de Elefante
Lançamento do Cd Instrumental RS
Quando: dias 03 e 10 de junho
Onde: Live Sport Pub ( Dr. Barcellos 435 esq. Wenceslau Escobar)
Quanto: R$ 20,00
* A cada apresentação, os primeiros 100 a chegar ganharão o Cd (sendo 1 Cd por casal)
Horário: 23h
Mais informações pelo fone 51 3273 6489 (Live Sport Pub)
Segue um pequeno relato sobre estes dois dias (na verdade, um dia e meio) do Instrumental RS.
No ônibus, percorrendo o trecho entre Porto Alegre e Florianópolis, já conseguimos sentir o clima desta temporada. Entre uma conversa e outra Prego pega o Ukulele e começa a mostrar uma de suas novas composições, uma valsinha no melhor clima Nino Rota. Imediatamente Ferrari saca o bandolim e o diálogo começa, e os demais foram chegando, chegando, idéias aparecendo, enfim, uma verdadeira jam session dentro do ônibus!
Chegando em Florianópolis fomos imediatamente conhecer o teatro (que é lindo) e curtir um pouco do clima do campus. Ao voltarmos ao hotel resolvemos dar uma paradinha na praça Santos Dumont para confraternizar e fazer um merecido brinde ao Instrumental RS. Nossa pequena celebração virou uma noitada de muitas horas, regada e boas conversas, causos diversos e - é claro - uma cervejinha gelada porque ninguém é de ferro.
Hoje pela manhã o palco foi montado, passamos som e após almoçarmos retornamos à Universidade para realizar a oficina. Chovia muito às 16 horas mas isto não impediu a presença de um público bacana, com o qual trocamos muitas idéias e falamos principalmente sobre o mercado da música instrumental, suas tendências e peculiaridades. Gostei muito.
Agora vou me concentrar para o show. Amanhã posto outras notícias.
Vocês já viram um saxofonista enlouquecido? É impressionante, posso garantir! Na temporada que fizemos no Circuito SESC Música tive esta experiência duas vezes, mas estou me recuperando bem.
Os que acham que estou exagerando podem conferir os vídeos no YouTube, nesta postagem e nesta outra. Tenham cuidado...
A Camerata Brasileira esteve recentemente fazendo uma circulação pelo interior do RS, no projeto de circulação Circuito SESC Música. Passamos por Ijuí (13/05), Carazinho (14/05), Santa Rosa (15/05) e Uruguaiana (16/05). Em breve postaremos no YouTube uma série de vídeo feitos durante esta temporada, pois estes foram os primeiros registro do novo quinteto formado por Bruno Alcalde (guitarra), Lucas Kinoshita (bateria e percussão), Moysés Lopes (violão, baixo e eletrônicos), Rafael Ferrari (bandolim) e Rodrigo Siervo (sax).
Gostaríamos de ressaltar o profissionalismo e a competência das equipes do SESC-RS nas cidades que nos recepcionaram. Nos divertimos muito durante os shows e isso se deve ao excelente trabalho de produção feito por eles. Nosso muito obrigado a todos.
Vocês acreditam que nosso saxofonista até ginástica fez, bem no meio do show?!?!?!
Alguns já sabem, outros não, mas o fato é que Edgar Araujo, nosso querido baterista desde janeiro de 2006, bateu asas e voou. A escolhida foi o Rio de Janeiro, e tenham a certeza de que a cidade só tem a ganhar com a chegada do talento do Edgar.
Isto, é claro, nos obrigou a algumas mudanças, e eis que Lucas Kinoshita passa a integrar o nosso quinteto. Estamos ensaiando para colocar o repertório em dia e cumprir os compromissos que temos pela frente.
Se você quer dar uma escutada nos outros trabalhos do qual faz parte este batera-ninja acesse o seu canal no YouTube:
http://www.youtube.com/user/LucasJumKinoshita
Abraço,
Moysés Lopes
PS: a edição da foto ficou bem ruinzinha, mas afinal de contas eu sou músico... :-)
Queremos dividir com vocês este e-mail enviado pelo José Raimundo Freitas, de Fortaleza. Nem preciso dizer o quanto ficamos contentes, e mais ainda o Marcello Campos, nosso designer gráfico.
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OLÁ Moyses!
Cara ,venho daqui de Fortaleza,parabenizar o trabalho de vocês,tinha ido num show de vocês e me apaixonei,fiquei dias e dias tentando entender coisa tão boa! enlouqueci com a capa do Cd que ganhei de presente,o material é realmente bom,já usei a capa pra mostrar nuns curso que dou de arte,é espetacular,forte,e casa perfeita com o som,do cd noves fora.continuem nos impressionando e não esqueça dessa terra.volte logo e traga mais maravilhas para nossos ouvidos e nossos olhos.
Aí abaixo está a divulgação que o Guilherme Darisbo mandou para divulgar o show que fizemos no dia 16/10/2008, no Ocidente, em Porto Alegre. Gostei tanto do texto que resolvi dividi-lo.
Abraço,
Moysés Lopes.
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Amigos, colegas, comparsas em geral:
Depois de amanhã, no Ocidente, o Camerata Brasileira estréia a nova formação. Depois de testar dois dos melhores instrumentistas do pedaço para uma possivel vaga, na dúvida ficaram com os dois, se tornando quinteto.
O Camerata é minha banda de rock favorita, justamente por não ser - nem de longe - uma banda de rock. Eles não são um grupo de choro, por passarem longe dos arranjos fechados - improvisam, suprema heresia - e do saudosismo que toma conta do gênero. Eles não são um grupo de jazz, pois falam um inglês muito ruim e se sentem extremamente à vontade nos trópicos, em geral, e no Brasil, em particular. Não são nada, e são bons por causa disto. São apenas quatro - cinco, agora - moleques fazendo música boa. Apenas, e tudo isto.
Dia 16/10/2008, quinta-feira próxima, a Camerata Brasileira estreará (mundialmente!) sua formação quinteto. Com o ingresso de Bruno Alcalde (guitarra) o ex-quarteto formado por Edgar Araújo (bateria / percussão), Moysés Lopes (violão / baixo), Rafael Ferrari (bandolim) e Rodrigo Siervo (sax tenor e flauta) arrisca sonoridades ainda mais interessantes e já começa a esboçar o repertório do próximo disco, ainda sem nome.
Luís Inácio Lula da Silva, Nicolas Sarkozy, Sven Kreitmair e Robert Zoellick já foram convidados mas não virão em virtude da crise mundial das bolsas de valores mas se você não atua no mercado financeiro não deixe de assistir à quebradeira geral promovida pelos Cameratas Boys, agora sabor quinteto.
Serviço:
“Ocidente Acústico” – Edição 482 “Boca Fechada Não Entra Mosca – ano IV” Show com CAMERATA BRASILEIRA Quinta-feira, 16 de Outubro de 2008 – 22 horas Ingressos a R$ 10,00 (dez reais). Cons. Mínima Isenta. Bar Ocidente – João Telles esq. Osvaldo Aranha 51 3312 1347 – www.ocidente.com.br
O Projeto "Ocidente Acústico" apresenta: “Boca Fechada Não Entra Mosca - ano IV”, dedicado à música instrumental. No dia 23 PATA DE ELEFANTE e dia 30 FUNKALISTER lançando seu segundo disco.
Fomos selecionados para participarmos dos showcases do Projeto Imagem & Comprador 2008 - Edição Porto Alegre, que acontecerá este ano também em Belo Horizonte, Goiânia, Fortaleza e Belém do Pará.
É uma iniciativa da BM&A - Brasil Música e Arte - para por músicos brasileiros em contato com o mercado internacional. No Rio Grande do Sul foram 258 inscritos e você pode ver mais detalhes no MySpace do Imagem & Comprador RS.
No sábado, os shows acontecerão no Abbey Road, no Sargent Peppers e no Porão do Beco. No domingo, o lugar é o Teatro Dante Barone, da Assembléia Legislativa.
Também vão rolar palestras abertas ao público com os convidados estrangeiros Brent Grulke (festival South by Southwest), John Bissell (especialista em trilhas sonoras), Olivier Lacourt (French Export Bureau), Mark Gartenberg (UK), Neil Mowat (agência Better Days) e Gene de Souza (Café Brasil Radio Show).
Tocamos domingo no Dante Barone, a partir das 19h30. Apareçam!
Camerata Brasileira no Imagem e Comprador 17 de agosto 19h30 Teatro Dante Barone Praça Marechal Deodoro, 101 Porto Alegre
Em cerimônia ontem no Teatro São Pedro, em Porto Alegre, a Camerata Brasileira recebeu o Prêmio Açorianos de Música por melhor composição instrumental.
A Camerata Brasileira foi selecionada entre os melhores do ano na música gaúcha, concorrendo também como melhor projeto gráfico - a cargo de Marcello Campos - e melhor disco instrumental, por "Noves Fora".
O Troféu Açorianos de Música é entregue anualmente, premiando a produção musical gaúcha apresentada em Porto Alegre no ano anterior.
Concorrem nos gêneros Música Regional, Música Popular Brasileira, Música Erudita, Música Instrumental e Música Pop as seguintes categorias: Compositor, Intérprete, Instrumentista e Disco. Este ano também foram criadas as categorias Arranjador e Projeto Gráfico.
Estas fotos são de Viçosa do Ceará, a cidade onde acontece anualmente o Mel, Chorinho e Cachaca, um festival que tem como pilares a gastronomia, o turismo, a cultura e os negócios. Este ano a função ocorrerá de 01 a 03 de maio, uma produção da Letra Viva em parceria com o Sebrae CE e a prefeitura local. A Camerata Brasileira foi selecionada para integrar a programação do festival, que pode ser conferida na íntegra nesta página.
Aproveitando a estada por lá participaremos do Projeto Quinta Instrumental, do Centro Cultural Banco do Nordeste do Brasil - CCBNB, em Fortaleza. Claro que dois ou três dias de folga serão utilizados para visitar os amigos e tomar ciência das novidades da Feira da Música de Fortaleza. Esperamos trazer muitas fotos e boas novidades.
Fabio Gomes é jornalista e editor do site Brasileirinho, além de escritor, cartunista e fotógrafo. Além disso é um grande parceiro da Camerata Brasileira e tem nos acompanhado desde 2002. Agora há pouco, escrevendo sobre o show no SESC ele produziu um artigo intitulado "Como Rotular a Camerata Brasileira?". Eu achei o máximo, tanto que disse para o Fabio que ele havia encerrado um dilema nosso: Somos ou não um grupo de choro? Agora ele matou a charada!
Outro texto bacana do Fabio é a crítica "Guitarra na Camerata", que ele escreveu para o Mistura e Manda, o seu informativo periódico, falando sobre o show que fizemos no Projeto Música Autoral do Jornal Vaia (leia mais sobre o show na postagem abaixo). Se o texto do Fabio não estiver mais no link indicado é porque já passou para a seção de arquivo do Mistura e Manda, mas você pode procurá-lo lá utilizando este link.
Temos show dia primeiro de abril. Parece brincadeira, mas não é. O Jornal Vaia realiza o projeto Música Autoral desde 2005 e nele já se apresentaram muitos artistas gaúchos (vale a pena uma olhada neste link para ver a nominata completa). O primeiro show do ano aconteceu em março e contou com a presença de Gelson Oliveira. Na edição do dia primeiro de abril dividiremos o palco com Álvaro Santi, músico e poeta, que executará canções de seu disco, ainda em fase de gravação. Nós da Camerata faremos um show bastante diferente, a começar pela ausência de nosso bandolinista, Rafael Ferrari, que está em fase de adaptação em sua nova morada na cidade paulista de Marília. Exatamente em razão desta mudança Ferrari não estará conosco neste show mas para não quebrarmos o quarteto contaremos com um convidado bastante especial, que promete acrescentar um colorido diferente à nossa sonoridade: Bruno Alcalde, que é graduando do Instituto de Música da UFGRS e tem passagem pelas bandas De Falla, Eroika, Marcelo Birck, entre outras. Novidade também será a performance eletroacústica de Edgar Araujo, nosso percussionista e baterista, além da estréia de um choro um tanto quanto esquisito, que recebeu o nome provisório de Choro Gaudério. O serviço é:
Projeto Vaia de Música Autoral 01/04/2008 - 20 h Teatro de Arena - Borges de Medeiros 835 Altos do Viaduto - Porto Alegre RS Entrada Franca
Deixando a vadiagem de lado resolvemos esquentar de novo o nosso blog. Para isso, ao invés de falarmos de nós resolvemos verificar o quê andam falando de nós por aí, só que em outros idiomas. Vejam só:
A Nokia, em seu site Music Recommender, escreveu sobre nós após selecionar a faixa "Berimbau" para vender como ringtone no mercado europeu. A nota no site você encontra neste endereço.
O Dusty Groove America gostou tanto de nós que disse: "A bit of jazz, a bit of choro -- all handled with a sound that's wonderfully complex, and a lot more sophisticated than you might guess for an acoustic quartet!". O original você pode ler neste endereço.
Muito bacana o texto de Eduardo Martinez para o podcast "Nadie hablará de nosotras…", falando sobre o nosso disco "Noves Fora". Ele inicia o texto dizendo que o CD requer cumplicidade e disposição por parte do ouvinte, e encerra com este parágrafo:
Un álbum así se merece tratamiento VIP en nuestro "Nadie hablará de nosotras" y como tal lo recibiremos en un programa no muy lejano…
Mas bah que este blog anda parado... Vocês têm visitado o site? Estamos de casa nova há algum tempo, sob a supervisão de Thaís Aragão. Visitem-nos em www.cameratabrasileira.mus.br. Mas esta postagem é para falar que duados76, que é o nome internético daquele que está pilotando o programa "Nadie habalará de nosotras...", viu nosso CD "Noves Fora" no Jamendo e publicou uma resenha prá lá de interessante no blog do programa. O cara é um grande promotor da música independente na Espanha, vale a pena dar uma visitada no seu Blog e ouvir as pérolas do seu Podcast.
Grande abraço, e não deixem de consultar a nossa agenda, ok?
Vai aqui um breve relato de como foi nossa viagem à Cuba para o XI Cuba Disco, tanto no que diz respeito a música quanto a experiência de conhecer uma sociedade totalmente diferente da nossa, mas que ao mesmo tempo tem pessoas que nos fazem sentir em casa.
Estivemos em Havana entre os dias 17/05 e 30/05, com programação para quatro shows, conforme o post anterior. Desde o primeiro, realizado na Sala Ché Guevara da Casa de las Americas, nossa empolgação foi enorme pois com a sala lotada, recebemos antes, durante e depois do concerto, com muito entusiasmo do público, seus cumprimentos e elogios. Uma sensação fantástica por ser nossa estréia naquele país, com nossa música inusitada aos ouvidos da maioria. Além dos demais concertos - inclusive um na mais famosa casa de jazz cubana, La Zorra y el Cuervo - fomos convidados pelo Ministério da Cultura de Cuba para um concerto especial que foi realizado no pátio do prédio que sedia o Ministério da Cultura Cubano, onde fomos recebidos e acolhidos por autoridades e por muitos amigos que já havíamos feito até então.
Além do contato direto com músicos a todo momento, na rua, no famoso Malecón, aquele calçadão de quilômetros que nos brindou o tempo todo com uma visão linda daquele misto entre o Golfo do México e o Oceano Atlântico, onde conhecemos umas gurias incríveis que simplesmente pararam enquanto tocávamos com outro músico cubano numa das primeiras noites que estávamos em Havana, e começaram a tocar, violão, saxofone, cantar nos dando um pouco de sua música e sua simpatia, comum ao povo cubano. Conhecemos músicos do quilate do jovem trumpetista Yasek Manzano, além do seu quinteto formado por músicos também muito jovens, estudiosos e talentosos com os quais pudemos dar uma canja durante uma jam no Gato Muerto - outra importante casa de jazz de Havana - e que mais tarde, nos retribuiu com um solo inspiradíssimo em Tumaracá durante o concerto do La Pérgola, para o Ministério da Cultura de Cuba, subindo ao palco de surpresa e deixando todos simplesmente encantados. Além deste encontro que resultou numa grande amizade e num encontro em sua casa para uma grande jam que durou horas e horas, onde tocamos, jazz, música cubana, brasileira, conversamos sobre nossas experiências e perspectivas e ratificamos esse amizade. Foram tantos encontros, gratos encontros, que este texto poderia se extender por muitas e muitas páginas desse blog, lembranças e imagens que não sairão mais de nossa mente e creio, da deles também - afinal foram 17GB de imagens, fotos e filmes deste episódio Camerístico! - Nomes como Sexto Sentido, Grupo Vocal Sampling, Moncada, a Camerata Romeu dirigida por Zenaida Romeu, formada somente por mulheres, na verdade meninas com média de 22 ou 23 anos, tocando de uma forma que nos deixou embasbacados por sua qualidade técnica e musicalidade e com as quais pretendemos gravar um disco e preparar grandes concertos para surpreender a América Latina e depois sabe-se lá quem mais pois o limite é a estratosfera (até quando não sei!). Todos os concertos lotados de gente que queria ouvir música e de apaixonados pelo Brasil, a música, o futebol, as pessoas, tivemos uma resposta acima do que esperávamos tamanha a empolgação do público. No show do La Madrigueira, um local underground, com grafite nas paredes, com um público formado por estudantes, despojados, jovens, tatuados, com dreds no cabelo, rastafari, brincos pelo corpo e um intelecto altíssimo, tivemos a grata surpresa de ter entre os presentes o diretor Jorge Nhils Herrera, que estava aprontando um curta metragem, na verdade um documentário sobre Cuba e que nos procuraram certos de que aquela música que ouviram era perfeita para completar seu trabalho e assim já formando uma parceria que acreditamos derá outros frutos assim como a primeira das surpresas desta noite que deixei pro final por se tratar de uma história um pouco mais longa que começou na nossa segunda noite em Havana, ainda em um hotel (porque depois alugamos um apartamento) onde Amauri do grupo Cuentas Claras me abordou dizendo que eles iriam tocar no mesmo dia que a gente no La Madrigueira e que gostariam de tocar algo conosco num momento de transição entre os dois shows pois tocaríamos após o show deles e, vejam que inusitado para nós, eles são um grupo ácido pra caramba, de Hip-hop, caras muito inteligentes que falam de suas experiências no dia-a-dia dentro da sua sociedade com seus problemas e anseios e que puderam criar algo novo pra todos nós naquele momento, inclusive para o público que ovacionou nossa mistura sonora naquele palco e o que foi melhor: como nos demais encontros, uma parceria se formou e trabalhos novos surgirão atravéz de mais este encontro.
La Zorra y el Cuervo foi também um super concerto, uma casa de Jazz muito famosa, onde já passaram muitos nomes do Jazz no mundo e agora a Camerata Brasileira fazendo sua "Música com ouvidos no mundo" e recebendo em troca o carinho e o convite do quarteto de Alex numa jam de arrepiar pelo virtuosismo dos músicos dos dois países e a presença de um público variadíssimo de cubanos, canadenses, dominicanos, costariquenhos, brasileiros...
Le Select foi outra noite inusitada pois é um lugar onde as pessoas vão para dançar, salsa, congo, cassino, etc... E estávamos ali para presentear seus ouvidos e não seus corpos pois eu acredito que seja um pouco difícil dançar ao som da Camerata, mas que quiser é só se apresentar e começar! O palco a princípio meio estranho, umas pedras brancas, umas árvores e a nossa frente uma enorme pista de dança ao ar livre que depois durante o show da banda da casa, Cabildo del Son, fez até a gente bailar cassino!!! A resposta de todos foi tão positiva que fomos convidados para a festa de encerramento que aconteceria na noite seguinte, mas não só para dançar e sim para tocar com o Grupo Moncada que seria o responsável pela festa. Foi muito divertido tocar salsa com bandolim, cuíca, saxofone, nos juntando a um grupo enorme com dançarinos e tudo e que estava botando mais de 100 pessoas pra bailar desde o início da festa. Sensacional um povão bailando ao som de um solo frenético de bandolim e depois de saxofone, com direito a coreografia e tudo e com uma animação de dar inveja aos brasileiros mais foliões.
Por fim, fomos um dia até a praia de Guanabo, um mar verdinho e morno!!! Havana Velha com o contraste entre as construções antiguíssimas onde vivem 20, 30 famílias e os prédios históricos bem cuidados que abrigam museus, igrejas, embaixadas, etc... e prédios modernos como o da Puc no centro deste bairro lindo, com o mar de um dos lados e as ruas estreitas do outro. Em alguns momentos lembrava Olinda em Pernambuco, nas ruas mais estreitas longe dos grandes largos e praças que formam uma das partes mais bonitas que visitamos 90% do tempo a trabalho é verdade, mas sempre com muito prazer. E não é que encontramos numa destas manhãs um grupo de brasileiros fazendo turismo em Havana!? E por coincidência gaúchos, e mais ainda, de Porto Alegre tchê! Que loucura!!!!!
Enfim, estamos certos - e fiquem vocês também - que novidades virão, trabalhos, encontros e muitas surpresas depois dessa visita pois estamos falando pessoas simples, honestas e que veneram o Brasil, assim como a partir de agora agora, nós também passamos a conhecer e admirar o povo cubano na sua essência.
Seria muito árduo e pesado para leitura se registrássemos nossa viagem à Cuba em uma única postagem. Sendo assim, iniciaremos uma série para registrar estes momentos. Comecemos pelo início:
Saímos do Brasil no dia 17 de maio e tínhamos quatro shows previamente agendados. Chegamos em Havana por volta da meia-noite e fomos recepcionados por Yunior e Issel, respectivamente, nosso produtor local e nossa tradutora. Nos instalamos no Hotel La Colina e pela manhã fomos ao Instituto Cubano de Música onde conhecemos Yurietta Bonne - nosso contato com o Cubadisco 2007 - e diversos músicos de outros países latino-americanos. Após uma breve entrevista para TV fomos almoçar e passamos imediatamente a um merecido descanso. À noite Yunior e Issel levaram-nos para um delicioso sorvete na praça central de Havana e, após, para o tradicional passeio no Malecón. Estávamos com nossos instrumentos e ansiosos para tocar com algum músico local. Para ver os registros deste encontro acesse as FOTOS que registram a música, a cordialidade e a simpatia do povo cubano. Abaixo, um vídeo que fizemos.